terça-feira, 5 de agosto de 2008

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(acordar com a boca seca às 3 da manhã, nenhuma novidade. Levantar, ir ao banheiro mijar as cervejas e doses de conhaque que lhe serviram de janta, nenhuma novidade. Caminhar no escuro até a cozinha, beber um copo d´água e ficar feliz com a sensação da água descendo pela goela, nenhuma novidade. Olhar para a geladeira e ver o telefone ao lado do pinguim de gesso que a enfeita, nenhuma novidade. Pegar o telefone que ainda dá linha, mesmo sem ninguém do outro lado, desligá-lo, levá-lo para a sala e, por fim, voltar a se deitar. Aqui o parênteses de todas as madrugadas se fecha, mais uma vez, sem nenhuma novidade).

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