segunda-feira, 11 de agosto de 2008

FILOSOFANDO NA JANELA

Janela do quarto escancarada. Duas da tarde, céu azul pelado, desanuviado. Apoiados no batente, o casal trepa escandalosamente. Na rua pessoas passam fingindo não vê-los nem escutá-los, disfarçados em suas pesadas roupas de trabalho.
A janela é uma linha ambígua: separa pelados de vestidos excitando-os mutuamente

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